Comemora-se hoje o Dia Mundial da Saúde. Comemorar é força de expressão. Em
outras partes do mundo até pode ser, mas aqui no Brasil é ocasião para
lamentar. A situação em que anda a nossa saúde pública não oferece alternativa
senão essa. Quase diariamente vemos nas emissoras de TV e nos jornais notícias
horripilantes e entristecedoras sobre a saúde pública auriverde. Parecem ser
infrutíferas as denúncias e os apelos para que alguma providência venha a ser
tomada. Debalde. Esgotam-se as lágrimas, dissipa-se o choro e esvai-se o
sofrimento daqueles que esperam e se desesperam nas filas dos hospitais e
emergências. Muitas vezes a morte é o lenitivo para tanta dor. Ora sem leitos
para abrigar os doentes, ora sem médicos para o atendimento, ora sem
medicamentos para aliviar a dor dos pacientes, nosso serviço público de saúde é
uma dantesca fantasia. Digna de filmes de terror. Uma vergonha internacional!
Mas é quase certo que virá alguém, ainda hoje, falando na TV
sobre a saúde pública. E certamente dirá que a situação é para reflexão. Ora bolas, se reflexão
resolvesse problemas, no tocante aos brasileiros, a maioria deles já estaria
resolvida. A nossa saúde pública precisa de decisões, de ações, de atitudes. O
resto é balela.
Misericórdia, Senhor!
Porque o batmóvel
estava irregular, sem placa. Quequéisso, meu caro! Logo você, um paradigma da
justiça, um herói irretocável, irrefutável, irre... irrefletido, talvez? Ainda
bem que você passou incólume pelo bafômetro, e nem foi preciso usar a
malandragem brasileira de se negar a soprar no aparelhinho. Ainda bem. Tava de
cara limpa, tudo OK.
Foi numa estrada do Estado de Maryland, nos EUA, que uma
patrulha policial estava fazendo blitz para pegar motoristas borrachos. O herói
da Liga da Justiça esqueceu que não estava em Ghotam City, onde todo mundo
conhece ele, e andava tranquilamente com o seu batmóvel (sem placa) pela estrada. Ao guardas perceberam a falta
dela e pararam a ilustre viatura. Ele não estava perseguindo bandidos, estava
apenas se dirigindo a um evento onde iria alegrar a criançada.
Mas o famoso herói agora virou animador de festinhas
infantis? Não é bem assim. O homem detido era Lenny Robinson, que vive
promovendo ações filantrópicas. Ele tem uma Lamborghini preta (Oooohh!) e estava se
dirigindo a um hospital, onde foi visitar e alegrar crianças internadas.
Depois de se explicar para os patrulheiros, Batman, quer
dizer, Lenny Robinson, foi liberado, mas levou uma multinha pra deixar de ser
descuidado.
Já ouviu falar em panspermia?
É uma teoria segundo a qual a vida na Terra teria vindo do espaço, na forma de
células trazidas por meteoritos. Essas células, chegadas ao nosso planeta há
milhões de anos, se desenvolveram, deram origem às primeiras formas de vida e
foram evoluindo, até chegarem ao ser humano, o organismo mais desenvolvido (por
enquanto) por aqui. Em suma, nós seríamos frutos de sementes vindas
do espaço. Ou seja, nós mesmos somos ETs.
Pois essa teoria está de volta com força total. Acontece que
em 2001 uma chuva vermelha caiu na Índia, mais exatamente no estado de Kerala.
O fato foi amplamente divulgado na época e não restou qualquer dúvida sobre a
sua efetiva ocorrência. Mesmo porque não aconteceu apenas uma vez, mas se
repetiu por cerca de dois meses. Ninguém encontrou uma explicação lógica,
naqueles tempos, embora muitas hipóteses houvessem sido levantadas.
Amostras do material que desabou sobre Kerala foram parar em
diversos centros de pesquisa em várias partes do mundo. Investigações, estudos
e análises se sucederam por vários anos. Um pesquisador da Universidade Mahatma
Ghandi, o físico Godfrey Louis, examinando a substância, descobriu que se
tratava de... células. Não foi o único: Milton Wainwright, um microbiologista
da Universidade de Sheffield, Reino Unido, chegou à mesma conclusão. Foram
então averiguar o DNA dessas células. Não acharam DNA algum.
O mais impressionante veio a acontecer depois. Submetidas a
uma variação de temperatura, as células passaram a se reproduzir. Isso
acontecia quando a temperatura em que eram mantidas chegava a 121 graus Celsius
(ou centígrados). Quando mantidas à temperatura ambiente, permaneciam inertes.
A descoberta reviveu a teoria da panspermia.
Quanto à ausência do DNA (ácido desoxirribonucléico – DeoxyriboNucleic Acid,
em inglês), isso não é importante. Formas de vida podem existir sem DNA. Os
próprios organismos primitivos do nosso planeta não tinham DNA, mas sim o RNA
(ácido ribonucléico – RiboNucleic
Acid, em inglês), um material genético mais simples. E a existência
de formas de vida ainda mais diversas nunca foi descartada.
A admitir a tese da panspermia,
cujo principal defensor é o professor Chandra Wickramasinghe, um cientista da
Universidade de Cardiff, do País de Gales, estaríamos assistindo à chegada de
uma nova leva de ETs na Terra. Será que seriam iguais aos nossos longínquos
antepassados? Ou diferentes? Talvez nossos inimigos, quem sabe? Quem sabe dos
mistérios contidos nas profundezas do universo?
Mas lembre-se (e cuide-se): se cair uma chuva vermelha por
aí, podem ser os extraterrestres que estão chegando. Saia de baixo...
Deu pane no computador do nosso herói. Travou. Travou tudo. Nem mesmo a clássica combinação ctrl + alt + del resolveu o problema.
Camelino não queria forçar o desligamento porque perderia trabalhos não salvos.
Que fazer? Ligar para o técnico, um conhecido da loja de artigos de
informática. Camelino ligou e relatou o pobrema,
com detalhes. Do outro lado da linha, o técnico:
- Você está na frente do computador agora, Camelino?
- Sim, estou.
- Você tem uma janela aberta aí?
Camelino virou-se para conferir. Realmente, às suas costas, a janela do
aposento estava aberta, por onde fluía uma leve e reconfortante brisa do início
do outono.
- Sim, tem uma janela aberta aqui.
- Então tente fechar, Camelino.
Mesmo sem entender muito o porquê da ordem, Camelino
levantou-se, foi à janela e fechou-a. Voltou ao telefone:
- Pronto, está fechada agora.
- Conseguiu fechar a janela, Camelino?
- Sim, consegui. Por quê?
- Então o seu computador não está mais travado, Camelino.
Pode continuar trabalhando...
- Tá me gozando, Divino? O que tem o computador a ver com a
janela aberta?
E desligou, com raiva, antes que o técnico Divino pudesse
retrucar algo. Nisso entrou a esposa do Camelino, assustada com o tom alterado
do marido ao encerrar a ligação:
- O que aconteceu, Camel? Tava falando com quem no telefone?
- Com aquele idiota do Divino, aquele da assistência de
informática. Ele deve estar achando que o meu computador tá com resfriado, que
não pode tomar correntes de ar. O computador tá travado e ele mandou fechar a
janela, imagine!!!
Uma festividade
com origens milenares, também corrompida (infelizmente) pelos interesses
comerciais, tal como o Natal. Há uns quinze dias este blog (entre outros)
denunciou o absurdo preço dos chocolates transformados em ovos e outros
artefatos de Páscoa: mais de cinco vezes o preço do chocolate em barras ou
tabletes, desses que a gente compra normalmente em supermercados. Mas enfim,
quem quer comprar compra e... paciência!

Falava das origens milenares da Páscoa. Pois bem, há duas
vertentes que convergem para essa nossa festa, que é a Páscoa da cristandade. A
primeira é a comemoração da transição do inverno para a primavera no hemisfério
norte. Era a festa dos povos bárbaros que colonizaram a Europa. Essa festa
geralmente acontecia na primeira lua cheia da “estação das flores”. Dá mais ou
menos no mesmo, em relação à nossa festividade. Aqui no hemisfério sul a
primeira lua cheia da nova estação aconteceu na quinta-feira. A segunda
vertente é a Páscoa Judaica, o Pesach.
Comemorada ainda nos dias de hoje, celebra o êxodo dos hebreus do Egito,
liderados por Moisés, por volta do ano 1250 a.C.
A Páscoa não tem um dia fixo para ser comemorada. Isto
porque está baseada no calendário lunar. A Páscoa é sempre comemorada no
primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera do hemisfério norte
(por isso a quase coincidência com a páscoa bárbara dos antigos povos
europeus).
Para os cristãos a Páscoa celebra a ressurreição de Jesus,
crucificado na sexta-feira anterior. Os costumes levaram-na a uma comemoração
em família, uma confraternização entre parentes, familiares e amigos. O
coelhinho da Páscoa é uma remanescência da páscoa bárbara e simboliza a
fertilidade. O mesmo significado têm os ovos, sejam eles de chocolate ou outra
substância qualquer. Inclusive os autênticos. A Páscoa é um dia para festejar e
refletir.
Feliz Páscoa, pois.
Imagem: Minirecados (http://www.minirecados.com)