AMANHÃ É DIA DO COELINHO
Uma festividade
com origens milenares, também corrompida (infelizmente) pelos interesses
comerciais, tal como o Natal. Há uns quinze dias este blog (entre outros)
denunciou o absurdo preço dos chocolates transformados em ovos e outros
artefatos de Páscoa: mais de cinco vezes o preço do chocolate em barras ou
tabletes, desses que a gente compra normalmente em supermercados. Mas enfim,
quem quer comprar compra e... paciência!

Falava das origens milenares da Páscoa. Pois bem, há duas
vertentes que convergem para essa nossa festa, que é a Páscoa da cristandade. A
primeira é a comemoração da transição do inverno para a primavera no hemisfério
norte. Era a festa dos povos bárbaros que colonizaram a Europa. Essa festa
geralmente acontecia na primeira lua cheia da “estação das flores”. Dá mais ou
menos no mesmo, em relação à nossa festividade. Aqui no hemisfério sul a
primeira lua cheia da nova estação aconteceu na quinta-feira. A segunda
vertente é a Páscoa Judaica, o Pesach.
Comemorada ainda nos dias de hoje, celebra o êxodo dos hebreus do Egito,
liderados por Moisés, por volta do ano 1250 a.C.
A Páscoa não tem um dia fixo para ser comemorada. Isto
porque está baseada no calendário lunar. A Páscoa é sempre comemorada no
primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera do hemisfério norte
(por isso a quase coincidência com a páscoa bárbara dos antigos povos
europeus).
Para os cristãos a Páscoa celebra a ressurreição de Jesus,
crucificado na sexta-feira anterior. Os costumes levaram-na a uma comemoração
em família, uma confraternização entre parentes, familiares e amigos. O
coelhinho da Páscoa é uma remanescência da páscoa bárbara e simboliza a
fertilidade. O mesmo significado têm os ovos, sejam eles de chocolate ou outra
substância qualquer. Inclusive os autênticos. A Páscoa é um dia para festejar e
refletir.
Feliz Páscoa, pois.
Imagem: Minirecados (http://www.minirecados.com)
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